terça-feira, 17 de junho de 2008

O TRABALHO DO ASSISTENTE TÉCNICO PEDAGÓGICO DE MATEMÁTICA

ATP DE MATEMÁTICA
Simone Ferreira Carvalho Capovilla
Os professores que ensinam Matemática nas primeiras séries (diga­mos, da primeira à quarta) muitas vezes sentem seus alunos tolhidos e como que não encontrando ambiente propício para o desenvolvimento de suas potencialidades. Algo parecido também é sentido quando com­param a vivência do aluno na Escola com a sua vivência fora dela. Por outro lado, a disciplina é considerada muito importante e a aprendiza­gem matemática, sob um certo aspecto estrito, também (uma reforçando a outra); resulta que não vêem comumente como harmonizar tais requisitos com aulas onde o aluno se sinta razoavelmente livre e propenso a se dedicar significativamente.
De um modo geral, as perplexidades, os erros, as irrelevâncias e os devaneios dos alunos são considerados prejudiciais, pois a focalização é na obtenção de respostas certas no menor tempo possível, o que corres­ponde a "cumprir o programa". Artifícios para que se obtenham tais respostas são elaborados, porque não há tempo para que os alunos compreendam razoavelmente o que se vai passando. Tudo isso reprime a fantasia, a iniciativa e a espontaneidade do aluno, que se refugia em uma rotina segura, mas que quase não ilumina, enquanto o professor alega que é o que se pode fazer. O contraste entre o "brincar" e o "estudar" é enfatizado, sendo a aula naturalmente para estudar.
Mas nem sempre é isso o que acontece na vivência escolar. Quando o professor usa materiais diversos ou jogos, por exemplo, parece tornar a criança mais alerta e participativa. E o professor sente mais aventura e prazer em seu trabalho. Algo semelhante acontece com a resolução de problemas não-rotineiros, caso seja dada oportunidade aos alunos de tentarem bastante por si próprios a busca das soluções. Comumente, como em outros casos, o professor acha que deve ter paciência com as "tolices" das crianças, quando, com a sensibilidade despertada, pode bem observar que é da "tolice" das crianças que eventualmente brotam caminhos para as soluções e que simplesmente parece não haver outra maneira, a não ser que sejam impostas.
Nosso objetivo é tentar ser um auxiliar para os professores, nas referi­das séries, Vamos tentar despertar a sensibilidade dos mestres para um encanto novo que pode emergir na Escola e que brota essencialmente do incentivar os alunos para a aventura de formular e resolver problemas a que se apeguem naturalmente. A fantasia, a irrelevância e os erros vão fazer parte desta aventura, mas o pro­fessor, antes de ser movido a ter paciência com isso, talvez melhor seria deixar-se levar por sua força mágica. No sonho, irrelevância e erro pode estar escondida uma lição maior do que a que se estava pretendendo en­sinar.
Mesmo para os professores que, por um motivo ou outro, não estejam propensos a maiores mudanças em seu ensino, é uma con­tribuição valiosa. É resultado de um prolongado preparo e de uma longa experiência do I.Q.E (Instituto de Qualidade no Ensino) no aperfeiçoamento de professores que atuam nessas séries e foi cuidadosa e habilmente trabalhado de modo a poder ser útil no que se tem revelado como uma das maiores dificuldades nesse nível.
Entendemos a intervenção pedagógica como o conjunto das ações educativas prati­cadas com o objetivo de promover o desen­volvimento dos indivíduos de maneira global. Essa intervenção tende a ser mais significati­va à medida que consegue tocar as emoções dos alunos. Então fomos em todas as escolas municipais buscando a formação continuada do professor onde, pretendemos esclarecer os princípios que fundamentam nossa pro­posta e a organização estrutural da formação continuada; co­mentar atividades nas quais seria interessante dialogar com o professor, e sugerir atividades extras que poderiam enriquecer ainda mais o trabalho em sala de aula, como por exemplo, apostilas enviadas as escolas com sugestões de atividades por séries.
A arte de ensinar e algumas teorias novas sobre a aprendizagem estão hoje no centro de um debate efervescente. Já estamos muito longe daquela crença segundo a qual os alu­nos aprendem pela simples apresentação de ideias logicamente encadeadas ou pela repetição exaustiva de exercícios de aplicação de teorias. Já não é também suficiente acredi­tar na aprendizagem pelo contato direto com materiais "concretos".
OBJETIVOS
  • Acompanhamento e controle da aprendizagem desenvolvida pelos alunos;
  • Seleção e priorização de conteúdos;
  • Conduzir um processo de formação continuada considerando os princípios e fundamentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais e suas implicações pedagógicas;
  • Seleção e priorização das expectativas quanto “as habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos”;
  • Observação e avaliação das situações didáticas para revê-las e/ou reforçá-las;
  • Socialização das estratégias utilizadas nas resoluções de situações-problemas;
  • Socialização das estratégias utilizadas nas operações;
  • Criar formas de avaliação dos conhecimentos dos alunos e seus avanços;
  • Formação contínua do professorado com oficinas com profissionais da área;
  • Formação contínua do professorado com cursos ministrado por profissionais da área;
  • Formação contínua do professorado com oficinas e cursos ministrados pelas A.T.P(s);
  • Fazer com que os professores do município tenham uma postura investigativa na busca dos elementos necessários para o conhecimento dos conteúdos e compreensão das conceitualizações dos alunos;
  • Domínio da linguagem técnica;
  • Elaboração de relações construtivas com os alunos;
  • Organizar o estudo e estimular a reflexão do professor levando em conta os saberes e a prática desse professor;
  • Estimular a participação do professor em trabalho de equipe;

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